quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Instrumentos de uma Orquestra

Apresento os principais instrumentos de uma orquestra:

 PictureViolino

O violino é um instrumento musical, classificado como instrumento de cordas friccionadas. É o mais agudo dos instrumentos de sua família (que ainda possui a viola)
Picture  Violoncello

Pelo seu tamanho, deve ser tocado apoiado ao chão por meio de um espigão, haste de metal em sua extremidade. Para tocá-lo, o músico deve estar sentado, com as pernas afastadas, com o instrumento entre os joelhos e o braço do violoncelo repousando sobre o ombro (embora algumas pessoas experimentem outras posições, o que não é recomendado, já que pode ocasionar lesões à coluna vertebral). As quatro cordas são afinadas em Dó, Sol,Ré e Lá, como na viola, mas uma oitava mais grave. As composições para violoncelo são escritas fundamentalmente na clave de Fá na quarta linha. A tessitura média do violoncelo é de mais de quatro oitavas - indo do Dó1 ao Fá5. As grandes orquestras utilizam entre oito e doze instrumentistas de violoncelo no naipe, dependendo, para isso, do período histórico e estético da orquestra (orquestras românticas são maiores que as clássicas, por exemplo).

  Viola Erudita ou Viola de Arco

"Repare a diferença de tamanho entre a viola e o violino. A viola é maior."

Tamanho: 38 a 44 cm
Afinação: C (Geralmente com a corda Lá 440hz)
Cordas e Frequencia : Lá(A) (440hz) , Ré(D) (297.7hz), Sol(G)(196hz), Do(C) (130.8hz)

A viola é um instrumento da familia do violino . É um pouco maior que o violino , mais largo e com tom mais grave. É afinada uma quinta menor que o violino (embora seja difícil de distinguir o som de um violino quando tocado em uma orquestra, amenos que em relação à corda Dó da viola e a Mi do violino). Tanto o violino como a viola evoluiram diretamente da viola da braccio.Até a palavra italiana violino é um derivado da palavra viola, historiadores são levados a acreditar que a viola pode ter realmente aparecido um pouco antes do violino. Mas muitos violinistas desfrutam da ideia que o violino ocupa o topo da familia das cordas ,pensando assim que o mesmo seria o primeiro de todos, pelo menos historicamente nada tem sido comprovado. No início da orquestra, o papel da viola foi apenas de hamozizar. Ela teve muitas vezes as partituras em segundo plano quando o compositor não poderia pensar em mais nada para escrever. A melodia foi deixada ao mais brilhante, maior e mais poderoso violino. Rumo ao século 20, a viola começou a obter um papel mais proeminente, e agora é por vezes caracterizado como um instrumento solo. Durante o verão de 2000, a Orquestra de Cleveland realizou um concerto em que um violinista e um violista eram cada um caracterizado como solistas em uma peça de Mozart. 

 Flauta Transversal

A flauta transversal, por vezes chamada de flauta transversa ou simplesmente de flauta, é um aerofone da família das madeiras. É um instrumento não palhetado, possuindo um orifício por onde o instrumentista sopra perpendicularmente ao sentido do instrumento.
Apesar de atualmente ser fabricada em metal, em sua origem, ela era é de madeira. Por esta razão, até hoje, a flauta transversal é classificada nas orquestras como um instrumento pertencente ao grupo das madeiras.A extensão normal (registro) da flauta é de três oitavas, do Dó4 (Dó central no piano) ao Dó6, mas flautistas experientes podem chegar até o Dó7. Algumas flautas modernas permitem também emitir o Si3.Na flauta, a emissão do som é relativamente fácil, levando ao virtuosismo quase espontâneo no que diz respeito à velocidade. Não tão fácil é obter um som vibrante sem ser vulgar no forte ou inconsistente no piano. As dificuldades de execução apresentam-se também pela natureza heterogênea dos registros, tanto tem timbre, quanto em volume de som. O agudo é potente e brilhante, e o grave, aveludado e de difícil emissão. O controle da embocadura, por se tratar de um instrumento de embocadura livre, deve ser minucioso, já que pequenas alterações no ângulo do sopro interferem bastante no equilíbrio da afinação.
Clarinete ou Clarineta

O clarinete ou clarineta é um instrumento musical de sopro constituído por um tubo cilíndrico de madeira (também existem modelos de outros materiais), com uma boquilha cônica de uma única palheta e chaves (hastes metálicas, ligadas a tampas para alcançar orifícios aos quais os dedos não chegam naturalmente). Possui quatro registros: grave, médio, agudo e superagudo. Quem toca o clarinete é chamado de clarinetista.
Clarone ou Clarinete Baixo

O clarinete baixo é um instrumento musical de sopro, um aerofone da família dos clarinetes, também conhecido como clarone. Pelo seu peso e tamanho, possui tudel e a campânula curvos (como no saxofone tenor) e um espigão para apoiar o instrumento no solo. Um solista pode tocá-lo também de pé com o suporte de correias. O clarinete baixo é um instrumento transpositor, geralmente afinado em Si bemol, soando uma oitava abaixo do clarinete de mesma afinação. Existem tambem algumas partituras orquestrais que pedem o clarone em Lá (Wagner é um exemplo). Como o clarinete, o clarinete baixo é um instrumento de palheta simples mas tanto a boquilha quanto a palheta são maiores, se assemelhando aos do saxofone tenor. Tambem pode-se usar correa tocando sentado.
Corne Inglês

O corne inglês é um instrumento de sopro de palheta dupla, da família do oboé. É um instrumento transpositor em fá, portanto uma quinta abaixo do oboé, em dó. Sendo um instrumento mais grave, também é maior do que o oboé, e geralmente o instrumentista necessita de uma alça no pescoço para auxiliar o suporte, como no caso do fagote e de alguns tipos de saxofone. A palheta dupla utilizada no corne inglês é muito semelhante à do oboé, mas não é inserida diretamente no instrumento e, sim, em um bocal. Mesmo sendo transpositor, a técnica é a mesma do oboé, e suas partes são escritas como se fossem tocadas em dó, para facilitar o trabalho do oboísta que estiver tocando um corne inglês. A formação de todo instrumentista de corne inglês passa antes pelo aprendizado do oboé. Apesar de não ser rigorosamente análogo ao oboé (como o são o oboé piccolo, o oboé baixo e o oboé contrabaixo), o corne inglês pode ser considerado um oboé tenor. 
O oboé seria a voz soprano, o oboé d'amore a voz de contralto, e o oboé baixo a voz do baixo. O timbre do corne inglês, por ser mais grave, é mais aveludado e escuro que do oboé. Entretanto, seu uso é mais incomum, tendo sido mais utilizado em peças orquestrais a partir do século XIX. Um solo de corne inglês bastante conhecido está no 2.º movimento da Nona Sinfonia de Antonín Dvořák, conhecida como "Novo Mundo".
Trompete
O trompete ou trombeta é um instrumento musical de sopro, um aerofone da família dos metais, caracterizada por instrumentos de boca, geralmente fabricados de metal. É também conhecido como pistão (pistom). Quem toca o trompete é chamado de trompetista.O trompete é um tubo de metal, com um bocal no início e uma campana no fim. A distância percorrida pelo ar dentro do instrumento é controlada com o uso de pistos ou chaves, que controlam a distância a ser percorrida pelo ar no interior do instrumento. Além dos pistos, as notas são controladas pela pressão dos lábios do trompetista e pela velocidade com que o ar é soprado no instrumento. É um instrumento musical de tubo cilíndrico em três quartos da sua extensão, tornando-se então cônico e terminando numa campana. Desde meados do século XIX (1815) o trompete está munido de três pistos, o que lhe permite produzir cromáticamente todos os sons dentro da sua extensão. Tem um bocal hemisférico ou em forma de taça.Válvula pressionada, aumentando o comprimento do tuboA maioria dos modelos modernos de trompete possui três válvulas de pistão, cada uma delas aumentando o comprimento do tubo, por consequencia baixando a altura da nota tocada. A primeira válvula baixa a nota em um tom (dois semitons), a segunda válvula em meio tom (um semitom) e a terceira em um tom e meio (três semitons). Usadas isoladamente e em combinação, as válvulas fazem do trompete um instrumento totalmente cromático, isto é, capaz de tocar as doze notas da escala cromática.
Sax Alto
O saxofone alto,ou simplesmente sax alto, é um instrumento que integra a família dos saxofones desde sua origem, conforme o projeto de Adolphe Sax. O saxofone alto é afinado em Eb (Mi bemol). Sua extensão abrange do C2 ao G#5 (extensão real), que grafada para o instrumento resulta em Bb2 ao F#5, visto que se trata de um instrumento transpositor. Há ainda raros modelos, como um utilizado por Ornette Coleman, que possuem uma chave a mais na região grave, que permite estender o registro um semitom para baixo (chegando ao B2 no instrumento / C#2 de fato). Assim como outros saxofones, seu som é originalmente produzido a partir de uma palheta de madeira, a qual é fixada na boquilha com a ajuda de uma braçadeira, que pode ser de aço ou de couro. Na música erudita há diversas peças conhecidas para saxofone alto solo, com orquestra, quarteto e outros grupos instrumentais, como por exemplo o concerto para saxofone alto de Alexander Glazunov. Este instrumento é também popular entre os músicos de jazz dos Estados Unidos. Um dos mais notáveis instrumentistas do saxofone alto foi Charlie Parker, que, junto a outros artistas do bebop, remodelou o jazz utilizando um novo tipo de fraseado, muito veloz, mas com sonoridade leve.

Sax Barítono
Saxofone barítono é um dos sete tamanhos de saxofone concebidos por Adolphe Sax. É o terceiro na ordem do mais grave (saxofone contrabaixo) ao mais agudo (saxofone sopranino). É um instrumento transpositor de afinação em Mi Bemol (E♭). Esse instrumento é muito encontrado em diversas formações de grupo, entre eruditos e populares, em conjuntos de câmara ou grandes grupos instrumentais. Seu emprego solístico não é raro, vez que seu timbre é potente e dotado forte particularidade. Sua extensão vai do Dó1 ao Lá3.
Fagote
O fagote é um instrumento musical da família dos sopros. A palavra fagote deriva do italiano fagotto. É constituído por um longo tubo cônico de madeira de cerca de 2,5 metros, dobrado sobre si mesmo. A palheta dupla é fixada em um tudel de cobre, ou bocal.
Aparecendo com sua forma moderna no século XVIII, o fagote figura em orquestras e grupos de música de câmara. Devido ao complicado dedilhado e às palhetas duplas, o fagote é um instrumento particularmente difícil de aprender, e os estudantes normalmente o escolhem após dominarem um outro instrumento de sopro, como a flauta ou o clarinete. O fagote é o mais grave instrumento de madeira da família dos sopros. Ele se ramifica ainda em outros dois instrumentos: o fagotino e ocontrafagote. O fagotino é um fagote menor e mais agudo, que atualmente está em desuso. O contrafagote é maior que o fagote, pesando cerca de 10 kg, e soa uma oitava abaixo deste.
Trompa

A trompa é um instrumento de sopro da família dos metais. Muito antigo (os antigos egípcios já o conheciam), passou aos hebreus, aos gregos e aos romanos, é muito importante na orquestra sinfônica moderna. Consiste num tubo metálico de 3,7 metros de comprimento, ligeiramente cônico, com um bocal numa das extremidades e uma campânula (ou pavilhão) na outra, enrolado várias vezes sobre si mesmo como uma mangueira, e munido de três ou quatro chaves, de acordo com o modelo. O trompista aciona as chaves com a mão esquerda, e com a mão direita dentro do pavilhão ajuda a controlar o fluxo de ar dentro do instrumento, e é pela ação conjunta das chaves, da mão direita no interior da campânula, e do sopro (e, às vezes, sucção) do trompista que as notas são produzidas em diferentes alturas e timbres. O trompista tem que ter um "ouvido afinado" e saber solfejar com bem, como também tem que ter uma coordenação motora boa para controlar os músculos da mão direita e a própria respiração.O timbre da trompa é o mais rico em harmônicos, assemelhando-se muito à voz humana. A mão dentro da campana permite uma enorme variedade de timbres. Trompas aparecem nas 10 últimas sinfonias de Haydn e Mozart, em todas as 9 de Beethoven, nas 4 de Schumann, nas 4 de Brahms, nas 6 de Tchaikovsky, nas 9 completas de Mahler. A partitura da Segunda Sinfonia de Mahler exige dez trompas.
Bombardino ou Eufônio

O eufónio (português europeu) ou eufônio (português brasileiro) ou bombardino é um aerofone da família dos metais.O eufónio é frequentemente confundido com o barítono. Contudo, o barítono pertence à classe das saxotrompas (tubo mais estreito, bocal mais semi-esférico), enquanto o eufónio pertence à classe das tubas (tubo mais largo, bocal mais profundo). O nome do instrumento provém da palavra Euphonium que significa “som bonito”. Assim é chamado por ter o timbre mais suave e “redondo” que o do trombone. Usualmente tem 4, 5 ou 6 válvulas e também é conhecido como tuba tenor. A sua extensão é semelhante à do trombone e à do fagote, alcançando 4 oitavas. O eufónio é caracterizado por um timbre escuro, suave e delicado. O som do eufónio não consegue se destacar no meio de uma orquestra, por sua característica suave e madura. Além disso, a posição da campânula virada para cima, tendo a peculiaridade de misturar seu som com o dos outros instrumentos. Geralmente os eufónios estão afinados em Si b e em Dó, tendo o eufónio em Dó um som mais áspero e brilhante. Este eufónio foi fabricado quase exclusivamente para Portugal.

Trombone

Trombone é um aerofone da família dos metais. É mais grave que o trompete e mais agudo que a tuba. Há duas variedades de trombone, quanto à forma:
Trombone de Pisto, também chamado de Trombone de Marcha ou Trombonito: Utiliza pistos mecânicos como o trompete.
Trombone de Vara: Possui uma válvula móvel (vara), que, ao ser deslizada, altera o tamanho do tubo, mudando a nota. São várias as particularidades da vara:
Faz com que o trombone apresente todas as notas dentro da sua extensão (é comum entre os instrumentos de pisto um "buraco", isto é, notas ausentes na região grave).
Deixa o timbre do instrumento mais homogêneo em todos os registros, já que o ar não muda de caminho, apenas aumenta ou diminui o percurso.
É mais adequada para realizar efeitos como o glissando.
Requer um maior cuidado com a afinação.
A família do trombone apresentava originalmente os instrumentos Soprano, Contralto, Tenor, Barítono e Baixo. Com a evolução da música, alguns tipos foram sendo abandonados. O Romantismo consagrou o trombone tenor como o mais nobre da família. Na atualidade utilizam-se muito frequentemente o trombone Tenor-Baixo, em Si bemol - Fá, e modelos dotados de válvulas mecânicas acionadas com a mão esquerda.
Tuba

A tuba é um instrumento musical de sopro da família dos metais. Consiste num tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo e que termina numa campânula em forma de sino. Dotado de bocal e de três a cinco pistões, possui todos os graus cromáticos. Existem tubas de vários tamanhos: tenor (também chamado de eufônio), baixo e contrabaixo. Desde o seu aparecimento, na primeira metade do séc. XIX, logo foi incorporado nas orquestras sinfônicas.
Oboé

O oboé é um instrumento musical de sopro de palheta dupla da família das madeiras. O corpo do oboé é feito normalmente de madeira (ébano, jacarandá) e tem formato ligeiramente cônico - alguns instrumentos mais recentes têm sido feitos de plástico. Tem uma palheta dupla. Uma pequena e delgada tira de uma cana especial é dobrada em dois e um pequeno tubo de metal (staple) é colocado entre os dois lados da tira dobrada, a qual é então passada em volta do tubo e firmemente amarrada a ele. A parte dobrada da tira é cortada e as duas extremidades, delicadamente desbastadas, constituindo então a palheta dupla. O tubo de metal encaixa-se em uma base de cortiça que é firmemente fixada na extremidade superior do oboé. O músico que toca o oboé é denominado "oboísta". O oboé é considerado um dos instrumentos de sopro de técnica mais difícil (requer a respiração diafragmática), para tanto requer um controle apurado do volume de ar expirado com o uso da respiração diafragmática, para produzir a nota com a pressão necessária. Coloca-se a extremidade da palheta dupla entre os lábios, retraindo-os levemente para dentro da boca sem tocar nos dentes. O instrumentista deve manter um sopro contínuo entre as duas extremidades da palheta dupla, colocando-as assim em vibração, uma contra a outra (da mesma maneira que as bordas de uma folha dobrada vibram quando apertadas entre os dedos e sopradas). A vibração das duas canas coloca a coluna de ar existente dentro do oboé também em vibração, produzindo assim o som das notas musicais.
Sax Soprano
O saxofone soprano é um dos tamanhos do saxofone. É um instrumento transpositor, com afinação em Si Bemol (B♭). 

Na família dos saxofones, é o segundo na lista que vai dos mais agudos aos mais graves (existe o ainda mais agudo saxofone sopranino). 

Sua extensão vai do La♭2 ao Mi5 (nos mais antigos chega apenas ao Mi♭5, podendo chegar ao Fa5 em modelos mais recentes). 

Pode ser encontrado nas versões reta (mais tradicional) e curva, sendo que a extensão para ambos é a mesma, variando apenas o timbre levemente.
Sax Tenor

O saxofone tenor é um instrumento de sopro, de palheta simples, da família das Palhetas. Apesar da construção do seu Corpus ser de metal com sistema de chaves, a origem do som reside numa palheta, (fina lâmina de madeira, geralmente fabricada com bambu), daí enquadrar-se na família das Palhetas.Possui um registro entre o Lá bemol 1 e o Mi 4 e está afinado em Si bemol. A sua origem remonta ao século XIX, o seu inventor o Belga Adolphe Sax (1814-1894). Foi um instrumento de difícil aceitação no contexto da música clássica devido à sua sonoridade "pouco graciosa".

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Flor Amorosa

Olá pessoal!!!
Estou aqui mais uma vez para falar, alás, postar, algumas canções de um grande flautista brasileiro, o Altamiro Carrilho.
Ele realmente toca com a alma e como que brincando os sons fluem leves e soltos de sua flauta que parece ter vida própria. Curtam um pouco...




domingo, 4 de dezembro de 2011

Sabendo um pouco mais da flauta transversal



Sempre falo do oboé porque é a minha paixão, porém não o toco ainda, por enquanto meu instrumento é a flauta transversal.
O músico que toca flauta transversal na orquestra é chamado de flautista. A flauta transversal, apesar de ser feita normalmente de metal, faz parte do naipe das madeiras de uma orquestra e também pode ser chamada, embora menos comum, de flauta germânica ou flauta de Boehm. 



A flauta transversal moderna mede aproximadamente 67.30 cm, é afinada em Dó, seu alcance comum é de 3 oitavas (do3 até do6*), possui 16 furos circulares cobertos por chaves (abertas ou fechadas) e é normalmente feito de prata, ouro ou a combinação dos dois. (Uma das flautas mais caras que existem é a fabricada de platinum). Os estudantes normalmente possuem flautas feitas de nickel-prata ou prata-latão com chaves totalmente fechadas para que a posição da mão seja mais conveniente e para que não ocorra, devido à falta habilidade do dedilhado, o vazamento do ar. 

A flauta transversal que possui as chaves abertas é de modelo Francês e é muito utilizado por flautistas de nível profissional. A vantagem ter ter uma flauta com chaves abertas, é que ela faz com que os harmônicos, micro-tons e glissandos sejam executados mais facilmente, ajudando na criação de uma maior gama de efeitos sonoros no instrumento. (O curioso é que mesmo assim, na Alemanha, Itália e o Leste Europeu os flautistas profissionais normalmente preferem as chaves fechadas.) 

A flauta transversal é formada por 3 peças principais: o bocal, o corpo e o pé.

-O bocal da flauta possui um orifício com bordas formadas por uma chapa de metal em formato arredondado, para permitir que o flautista apóie o lábio inferior e consiga apoiar contra o queixo. O bocal está fechado à esquerda por uma peça com o formato de uma “rolha”feita de cortiço furada ao meio por onde passa um pino rosqueado. 
Na extremidade direita (dentro da flauta), o cortiço é soldado por uma placa metálica e na extremidade esquerda ele tem um acabamento em forma de chapeuzinho. Movendo-se o bocal, ajusta-se a afinação da flauta. Apesar da simplicidade exterior, o bocal da flauta é um elemento muito frágil e importante do instrumento. Todos os detalhes da sua construção, local da rolha, vedação, ângulo de soldagem do porta-lábio e formato do orifício determinam a qualidade e precisão do instrumento.

-O corpo é a maior peça da flauta e possui 13 furos com um complexo sistema de chaves. As flautas transversais possuem, em geral, aproximadamente 23 chaves. Esse número pode variar um pouco se a flauta for mais professional

-O pé é uma extensão do corpo, e conseqüentemente é a menor peça da flauta e possui normalmente 3 furos com apenas 3 ou 4 chaves. Graças a ela é possíveis tocar sons adicionais mais graves.


A flauta transversal, como qualquer outro instrumento, é muito delicada, e ao montar e desmontar é necessário fazer uma limpeza nas peças, para que elas não prejudiquem o som.

*Embora existam flautistas que conseguem fazer do si3 até do7, mas é raramente utilizado e apenas requerido em peças musicas bem avançadas (já que ele requer um controle de respiração e uma técnica de embocadura exata para produzir o som)





------------------O SOM DA FLAUTA TRANSVERSAL------------------
Pode-se dizer que o som da flauta transversal é melodioso, de timbre suave e doce. É uma pena que as flautas transversais de madeira não são tão comuns de encontrar, pois a flauta de metal, apesar de suas vantagens, fez com que a beleza e suavidade particular da flauta de madeira fosse perdida. Era fácil de adivinhar que a evolução do gosto musical iria favorecer ao virtuosismo e som brilhante orquestral e seria o principal responsável por essa mudança tão radical.

O som da flauta com certeza acrescenta às madeiras mais agilidade, timbre brilhante e segurança nos registros mais agudos. O seu som é puro, claro e sereno tem qualidades muito diferentes que as que tinham os seus antecessores. Nenhum instrumento de sopro consegue ser tão virtuoso e ágil como flauta e por isso que as partes de flauta podem ter todos os tipos de escalas rápidas e arpejos.

É importante destacar que não só a agilidade caracteriza um bom flautista, mas também a sua habilidade em produzir um volume de som equilibrado entre os registros e a pureza de seu timbre. 

As primeiras quatro notas da flauta (notas mais graves) têm uma sonoridade menos intensa, mais aveludada e “pesada” quando escutado individualmente (mas é facilmente encoberta pelos outros instrumentos nos tuttis orquestrais)

À medida que as notas vão subindo na primeira oitava, o som se torna gradativamente mais brilhante (embora não tão claro e sereno quando os sons da segunda oitava).(Ex: Ma Mere L'oyel de Debussy) 

A terceira oitava é brilhante, muito potente, mas não muito estridente. (Ex: Suite Quebra Nozes de Tchaikovsky)
O dó sustenido e o ré mais agudos podem ser considerados como extensões excepcionais do registro da flauta e são normalmente usados só em passagens fortes e também duplicados pelo picollo (é raro encontrar). (Ex: Sinfonia Domestica de Strauss)


No repertório moderno existem muitos solos bonitos de flauta. (Ex: Suite Dafnis e Cloe de Ravel)

Os grandes saltos entre os registros diferentes são característicos do instrumento. [Ex: Ein Heldenleben - (sehr lebhaft) de Strauss]

Passagens fortes no registro agudo necessitam muito ar e é comum os compositores dividirem o tema em duas flautas alternando-as (elas são mais rítmicas do que se tocadas em uníssono)

O ataque duplo ou triplo é muito eficiente na flauta quando é necessário tocar rapidamente diversas notas em stacatto. (Ex: Suite Quebra nozes de Tchaikovsky)
[Audio 1:10]

É ainda comum que as flautas, na orquestra, dobrem a melodia dos violinos, acrescentando-lhes suavidade, brilho e claridade.


-----------------HISTÓRIA DA FLAUTA TRANSVERSAL-----------------

O SURGIMENTO DA FLAUTA

No começo dos tempos, os ventos que sopravam nos bambus criavam sons que permeavam os pensamentos do homem, sendo associados a seres mitológicos, aos espíritos da natureza, anjos e até deuses. Quando o homem dominou o fogo e aprendeu a mantê-lo aceso soprando suavemente através de um caniço, deu-se origem a primeira flauta do mundo (por um grande acaso há aproximadamente 40 mil anos).Com o passar dos anos, os seres humanos passaram a construí-la em ossos da tíbia ou tubos de bambu (para fins ritualísticos ou festivos)

A flauta é um dos instrumentos musicais mais antigos da história e continua em alta no cenário musical, tendo sido sempre muito utilizada, tanto pela sua facilidade de construção, quanto pelo seu som melodioso, de timbre doce e suave. 

Inicialmente, a flauta transversal não era tão popular como a flauta doce, mas ela pode ser vista em algumas obras de arte chinesas do sec.IX A.C, nos relevos etruscos do sec. III A.C e na moeda romana em 169 A.C. Depois da queda de Roma, esse tipo de flauta desapareceu da Europa até os sec.X e XI D.C, quando ela foi introduzida na Alemanha (por isso é chamada também de flauta Germânica). 

FLAUTA NO PERIODO MEDIEVAL (1000–1400)
Como já disse acima, em todo o século XI, XII e XIII, as flautas transversais eram muito incomuns na Europa. Nesse período a flauta “doce” era mais protuberante. A flauta transversal chegou através da Ásia (Império Bizantino) à Europa e os primeiros países onde ela migrou foram a Alemanha e a França. Ela era chamada de “flautas germânicas” para distinguir dos outros tipos existentes da época (como a flauta doce). Nesse período a flauta, junto com a viola de gambá, foi muito usada em musica da corte e profana e somente era comum na França e na Alemanha e não se espalhou pelo resto da Europa por quase um século. 

A primeira aparição literária da flauta transversal foi feita em 1285, pelo poeta e músico frances Adenet le Roi (em uma lista de todos os instrumentos que ele tocava). Depois disso passou-se um período de quase 70 anos com pouquíssimas referencias à flauta.

Apenas no sec. XIV que a flauta transversal começou a aparecer em países não germânicos (alguns textos de poetas franceses da época, como Machaut, mostram que já mencionava-se a flauta transversal: Na Espanha era usado nas cortes espanholas do rei Afonso X e na Itália foi apontada na enciclopédia da época como “falauti alemani che si sonano a mezo el flauto, et non in testa, come si fanno li nostril”, Ou seja:“Flauta alemã que é soprada no lado do instrumento, e não na ponta, como a nossa.” Mais tarde no sec.XVI as flautas transversais já estavam por quase toda a Europa ocidental.)

FLAUTA NO RENASCIMENTO (1400-1600)
A flauta transversal renascentista tinha apenas uma única sessão (parte), seis furos circulares e conseguia produzir sons de até duas oitavas. Eram vistas em três ou quatro tamanhos diferentes e o dedilhado era praticamente igual às flautas doces. Como podemos deduzir, devido aos poucos furos, essa flauta tinha uma gama de som bastante limitada.

Só no começo da década de 1470 que a flauta transversal começou a ganhar popularidade na Europa. As rápidas mudanças culturais na Europa do sec. XV estimularam uma crescente procura de documentos escritos mais baratos e a criação da impressão foi um dos fatores que possivelmente contribuiu para difundir o instrumento (notícias e partituras podiam se espalhar com mais facilidade). Outro fator que pode ter ajudado foi a popularidade do exercito suíço, que passou a usar uma espécie de picollo transversal para sinalização. 

Em 1500, as flautas começaram a ser usadas na corte e seus momentos “solos” foram cada vez mais constantes na “música de teatro” (que seria o precursor da “orquestra” moderna). Ao decorrer desse século a flauta passou também a aparecer em alguns conjuntos camerísticos, mas normalmente usada como voz tenor. De qualquer maneira, é bom lembrar que desde o século XVI até no começo do barroco, as flautas transversais variavam muito de tamanho e alcance.

Em 1528, Martin Agricola observou que as flautas eram tocadas mit zitterndem wind (com vibrato). Acredita-se que essa é a citação mais antiga dessa técnica

Em 1554, após ouvir um concerto de música de câmara em Metz, o “marechal” da França, Francois de Scepeaux não conseguia entender porque as flautas eram chamadas de “flautas germânicas”, “car les francais s'en aydent mieulx et plus musicalement que toute aultre nation”, isto é:“Porque os franceses as tocam melhor e são mais musicais do que os outros países”

FLAUTA NO BARROCO (1600 – 1700)
A flauta transversal começou a ser usada cada vez menos, no final do sec. XVII, até que ela foi adaptada mais tarde com algumas melhorias. No barroco ela era muitas vezes chamada de “traverso” (do italiano). A flauta já era feita de três ou até quatro sessões (partes) com furos de tamanhos diferentes (quanto mais para baixo os furos, menores eram), esse design da flauta deu ao instrumento uma gama mais vasta e um som mais penetrante, sem sacrificar a suavidade e a qualidade expressiva. 
Além de ser usado na musica de câmara, a flauta transversal passou a ser usado em obras orquestrais, óperas e ballets (principalmente no fim do barroco). Com isso, os compositores finalmente passaram aescrever muitas músicas, principalmente “solo”, para a flauta (Ex: Quantz, Bach, Teleman, Vivaldi, Handel).

Em 1707, o compositor e flautista Frances Jacques Martin Hotteterre (irmão mais velho do “criador” do oboé moderno: Jean Hotteterre), escreveu o primeiro livro-método de flauta transversal chamado “Principes de la flute transversiere.” 

FLAUTA NO CLASSICISMO (1700 – 1800)
Nesse período começam a se formar as primeiras orquestras, a flauta ganhou “força” e favoritismo e acabou sendo um dos membros de destaque em sinfonias e concertos. Durante todo século, o interesse na flauta só aumentava e teve seu auge na metade do sec. XIX. Nesse período muitas novas chaves foram adicionadas, principalmente para reforçar o registro inferior.

FLAUTA NO ROMANTISMO(1800 – 1900)
No romantismo, foi criada pelo músico, compositor, pesquisados de instrumentos eengenheiro Theobald Boehm (1794-1881) a flauta de prata. As flautas que são usadas hoje em dia pelo mundo são todas com base no instrumento criado em 1847 por Boehm. Ele foi a primeira pessoa a acreditar que os furos das flautas tinham que ser “focadas” em um sistema acústico e não a facilidade de dedilhado do flautista (graças a isso, ele criou meticulosamente um complexo sistema de hastes e chaves que iriam juntar os furos colocados de uma maneira acusticamente positiva à facilidade de dedilhado para o flautista)

As suas mudanças não foram apenas uma “evolução”, mas sim uma “revolução e seu resultado foi quase como um instrumento completamente novo. Em fato, foi contestado no começo por algumas personalidades da época, que a flauta de Boehm era diferente e que não tinha mais o charme ou efeito da “verdadeira flauta”. A reação das pessoas era muito variada e tiveram muitos lugares onde a nova flauta teve “resistência” por alguns indivíduos. Devido a isso, ela perdeu um pouco a sua “importância” na orquestra, formada com muito mais metais e cordas. No entanto, elas foram pouco a pouco ganhando importância pela Europa ao decorrer do século e apenas no começo de 1900 começou a “viver” seus momentos de “glória”. 

Logicamente a mudança da nova flauta não aconteceu do dia para a noite. Boehm teve de fazer diversos experimentos em outras flautas que duraram muitos anos. Ele foi livremente incorporando a mecânica disponível e idéias acústicas novas, mas apenas Boehm que tinha coragem de começar do zero o sistema antigo e criar um novo (como podemos ver, ser engenheiro e saber como produzir algo foi crucial para isso). 

Vou contar um pouco da trajetória das flautas de Boehm:

-A primeira flauta de Boehm - 1810
A primeira flauta de Boehm possuía furos pequenos, 4 chaves e foi criada em 1810. O sistema das flautas era simples e faziam com que seu som fosse mais ágil e “leve”. As notas agudas eram mais brilhantes e fáceis de serem tocadas (se comparadas com as flautas francesas da época). Ele compôs muitas musicas virtuosas para o instrumento e executava-as na sua nova flauta. Ex :Opus 4, Variations on Nel cor più, 
Boehm estava contente com a sua flauta de sistema simples, mas ele estava ciente de algumas deficiências dela: A desigualdade de tons, dificuldade ocasional de entonação e falta de volume sonoro. (A falta de volume sonoro é o que mais encomodava.)

Um episódio que aconteceu em 1831 deixa claro isso: Boehm foi fazer um concerto em Londres, e os críticos que o assistiram criticaram o seu som, em comparação com ao virtuoso flautista inglês Charles Nicholson, que tinha o som “parecido com a de um órgão” (segundo críticos da época).

Em uma carta em 1871 para J.S Broadwood, Boehm escreveu “Eu fiz tudo o que qualquer flautista continental poderia ter feito, em Londres, em 1831, mas eu não consegui corresponder Nicholson em relação ao som, esse foi o que me levou a trabalhar novamente e remodelar minha flauta. Se eu não tivesse ouvido ele tocando, provavelmente a flauta de hoje em dia jamais seria feita”. (A flauta de Nicholson tinha 8 chaves e furos largos, o que resultava em um som maior, mas esse tipo de flauta requeria uma embocadura e técnica muito difícil para conseguir controlar a desigualdade dos tons e a afinação).

-A flauta cônica de Boehm - 1832 
A nova flauta de Boehm (flauta cônica) possuía 14 furos e ele optou por implementar o máximo possível de chaves “abertas”,largas e uniformes, fazendo com que o som fosse mais rico, uniforme e potente. Essas idéias já existiam na época mas ninguém tinha conseguido até então construir um instrumento que tivesse essas características e fosse “tocável”.
Como Boehm ainda não estava completamente satisfeito com a flauta cônica (as músicas requeriam uma gama de 3 oitavas e a afinação na 3ª oitava não era sempre mais alta e ele tinha vontade de ampliar a sonoridade nos graves) ele resolveu então melhorar a flauta cônica e em 1847 criou a flauta que todos nós conhecemos hoje em dia: a flauta cilíndrica de metal.

A flauta cilíndrica de Boehm - 1847
As principais diferenças da flauta cilíndrica eram que os furos podiam ter o mesmo tamanho e ser mais largos (eram tão largas que não eram tão facilmente cobertas pelos dedos). A afinação era mais flexível, mas era muito mais rica do que a flauta cônica, especialmente nos registros mais graves. Os primeiros modelos ainda usavam chaves abertas, mas logo ele percebeu que era melhor cobrir todos os buracos com chaves solidas. (Conforme os furos vão se distanciando da embocadura eles têm uma distancia relativamente maior entre eles. Isso pode ser visto na imagem)

Quando as flautas cilíndricas foram introduzidas em 1847, rapidamente foram adotadas pelos flautistas que utilizavam a flauta cônica de Boehm, mas flautas cônicas continuaram a ser feitas e tocadas, já que alguns achavam que a flauta cilindrica “soava como um trompete” (as cônicas tendiam a ter um som mais doce e suave). Em menos de 20 anos de existência, a flauta cilíndrica ganhou lugar no conservatório de Paris. 

Outros países como a Inglaterra, acabaram por fazer “variantes” da flauta de Boehm e esses países foram muito criticados por alemães e franceses (que eram considerados “leais” ao modelo de Boehm). Na Itália, por exemplo, existiam, em 1900, alguns lugares onde a flauta de Boehm não era comum (ex: Em 1907 o flautista Leonardo de Lorenzo foi estudar com um maestro no conservatório de Napoles, e ele pediu para ele tocar essa “flauta moderna” que ele nunca tinha visto antes)

A flautas cilíndricas, em 1889 eram raramente encontradas na Alemanha. Ela chegou a ser adotada pelo grande flautista alemão Rudolph Tillmetz (aluno de Boehm), mas foi logo criticada por Richard Wagner depois da primeira execução do “Parsifal” em 1882. Wagner (que não queria que os instrumentos de sopro tivessem uma sonoridade potente) criticou o som da flauta cilíndrica de Tillmetz e disse que ela “soava como um canhão”. Essa crítica fez com que Tillmetz elogiasse o som charmoso da flauta cônica e os trillos elegantes que era possível fazer com ela. Isso alavancou a popularidade da flauta cônica (que era considerada por muitos a mais adequada e melhor adaptada principalmente à musica de câmara)

O começo do sec.XIX é marcado pela grande variedade e designs de flauta, muitas delas, cônicas, faziam do instrumento um som penetrante e era muito usado em Viena. As flautas inglesas tinha uma gama abaixo do dó e era melhor tocado em chaves de bemóis. A flauta francesa tinha um som mais suave. A flauta alemã era a melhor entre elas com orquestra.

FLAUTA NO PERÍODO MODERNO(1900 – 2009)
Com a nova possibilidade de gravação de som (criada em 1890), as gravações de flauta se tornaram comum entre os flautistas profissionais e as flautas de prata começaram realmente a ganhar “força” e favoritismo. (que não era visto desde período do classicismo). O século XX foi marcado pelas primeiras gravações de música barroca em flautas modernas.

A fabricante de flauta de Boston chamada Wm.S.Haynes fabricava, em 1905, 1 flauta de prata para cada 100 flautas de madeira produzidas. A mesma fabricante fabricava, em 1930, 1 flauta de madeira para cada 100 flautas de prata . Muito disso se deve aos compositores da época como Debussy, que apoiavam o uso da flauta de prata de Boehm.
Hoje em dia a flauta transversal de prata é mais popular e utilizada na maioria das orquestras do mundo.

A flauta foi muito modificada no sec XX (Na década de 1950, Albert Cooper modificou a flauta de Boehm para que a música contemporânea fosse mais fácil de ser executada. Na década de 1980, Johan Brögger modificou a flauta de Boehm-Cooper transformando-o em um som mais melódico entre outras coisas. Na década de 1990, Eva Kingma desenvolveu uma flauta, com base na de Boehm, que é muito usado no jazz e música do leste Europeu, que permitia facilmente a utilização de micro-tons e harmônicos. 

No começo de 1970, também foi criado modelos de flauta alto e flauta baixa (criada especialmente para músicas modernas e conjuntos de flautas). 



----------------SUA ATUAÇÃO NA ORQUESTRA------------------
Dentro de uma orquestra sinfônica, há, geralmente, dois ou três flautistas no naipe. Os flautistas ficam numa espécie de “núcleo da orquestra” onde se encontram os principais instrumentos das Madeiras (Oboé, Clarinete, Fagote e Flauta), já que os solos de uma melodia muitas vezes é confiados a eles.



--------------A FAMÍLIA DA FLAUTA TRANSVERSAL------------
Do mais agudo para o mais grave, e em comparação com a flauta transversal, os membros da sua família:
-Piccolo em Dó ou Ré♭ (1 oitava acima) ***
• - Treble em Sol *
• -Flauta Soprano em Mi♭ *
• - Flauta Tranversal ***
• -Flûte d'amour/flauta tenor em si♭ ou Lá *
• -Flauta Alto em Sol ***
• -Flauta Baixa em C (1 oitava abaixo) ***
• -Flauta Contralto em Sol **
• -Flauta Contrabaixo em Dó (2 oitavas abaixo) **
• -Flauta Sub-Contrabaixo em Sol **
• -Flauta Sub-Contrabaixo em Dó (3 oitavas abaixo) **
• - Flauta Hiper-baixo em Dó (4 oitavas abaixo) **

• *Flautas pouco comuns
• **Flautas pouco comuns e criadas apenas no sec. XX
• ***Flautas normalmente utilizadas em uma orquestra



-----------------CURIOSIDADES------------------
- As flautas transversais eram feitas em sua maioria de madeira até o começo do sec XX)

- Flauta de Prata ou Ouro? Acredita-se que as flautas de prata criam um som mais brilhante enquanto as de ouro um som mais escuro e definido mas podem ser mais difíceis de tocar, pois requerem uma maior técnica de respiração. De qualquer maneira, essa idéia de que diferentes materiais afetam a qualidade do som é contestada, pois o material de construção da flauta faz menos diferença no som d0o que dois diferentes flautistas tocando a mesma flauta. 

-Em momentos de tutti orquestrais, pode acontecer de a flauta “sumir” em meio aos sons, pois o seu timbre, por ser fluido, mistura-se com os outros instrumentos.

-A flauta sempre foi um instrumento muito privilegiado no que se diz respeito a recursos e ornamentos. Grande partes dos rescursos musicalmente conhecidos são executáveis na flauta. Ex: Vibrato; Glissando; Harmônicos; Beatboxing (tocar uma melodia e fazer beatboxing ao mesmo tempo – veja o vídeo aqui); Multifonia (solfejar e tocar ao mesmo tempo); Frullato (Pronunciar a letra “R” enquanto toca); Polifonia ou Nota Dupla (técnica moderna sobre notas com dedilhados especiais que podem soar dois sons harmônicos); Trinados; Trêmolos; Mordentes; Staccatos e legatos

- As chaves pequenas de trilo permitem a rapida alteração entre duas notas e dedilhados usando essas chaves permitem flautistas habilidosos a ter um aolcance de 4 oitavas! 

-Para preservar a qualidade da flauta de madeira e moderna ao mesmo tempo, existem flautistas que usam flautas de madeira com a cabeça feita de prata.

- A flauta tinha, como toda música primitiva, um papel mágico. Ela foi usada para acompanhar os rituais religiosos. Algumas culturas proibiam o uso das flautas pelas crianças e as mulheres sob pena de morte. No Xingu brasileiro temos ainda hoje um exemplo disto.

-Aristóteles disse: “Nos escutamos uma canção na flauta com mais prazer do que na lira, pois o canto da voz humana e a flauta se misturam bem por causa da suas correspondência e simpatia, um e o outro se animam pelo vento”. 


---------------A FLAUTA EM OUTROS GÊNEROS---------------
É possível encontrar a flauta em diversos estilos de músicas (jazz, rock). Já se foi o tempo em que instrumentos clássicos, como a flauta ou um sax, só apareciam em composições clássicas. É totalmente possível encontrá-los em estilos bem diferentes dos clássicos.

No jazz mais antigo as flauta eram raramente utilizadas. Desde 1950 um numero notável de interpretes usaram a flauta no jazz. Já que o dedilhado criado por Boehm é usado tanto no saxophone quanto nas flautas transversais, é comum a flauta dobrar a parte do saxofone em formações menores e alguns saxofonistas pegam a flauta como segundo instrumento, e vice e versa.